Autor Prof. Adm. Roberson Vieira Machado
Especialista em Desenvolvimento Pessoal
CRA-PR: 24.186
Certa vez ouvi de um antigo professor, em uma de suas aulas de pós-graduação, a seguinte frase: “ser o melhor da faculdade não significa ser o melhor no mercado de trabalho”.
Essa frase me intrigou naquele momento e me fez perceber que, tirar boas notas, conhecer as teorias e ser disciplinado com os estudos não me faria o melhor profissional em minha área de atuação!
Isso porque, até então, eu não havia considerado as competências relacionais – uma das principais (se não for a maior) características de um profissional de excelência –, ou seja, a capacidade comportamental de se relacionar com os outros, com os seus pares, com a chefia, com os clientes… num ambiente organizacional.
Diante desse contexto, ouso afirmar que, para se ter o mínimo de pretensão em ser “o melhor no mercado” é preciso desenvolver uma série de competências que o tornam especialista em sua área de atuação e, isso inclui competências técnicas e comportamentais.
Ao falar de competências é preciso considerar a tríade que a compõe, segundo a percepção de vários autores: conhecimentos, habilidades e atitudes. Vejamos o que cada um desses elementos representa:
CONHECIMENTO = SABER – Tem a ver com o que o indivíduo aprende sobre determinado assunto.
HABILIDADE = SABER FAZER – Tem a ver com a capacidade de colocar em prática o que se conhece em teoria.
ATITUDE = QUERER FAZER – Tem a ver com o que leva o indivíduo a decidir se exercita ou não as suas habilidades, ou seja, com a forma que vai se comportar diante de determinada situação, considerando suas habilidades e conhecimentos adquiridos.
Com esse olhar, entendemos que uma competência desenvolvida, incorporada ao indivíduo, surge a partir do conhecimento sobre um assunto, sobre uma problemática, sobre um objeto em questão. É o saber das teorias, dos princípios e conceitos.
Porém, não basta conhecer tudo sobre algo se não souber como usar esse conhecimento. Neste sentido, saber fazer o uso de todo esse conhecimento é o que torna um indivíduo portador de uma habilidade específica.
Agora, de que adianta, ter todo o conhecimento e ainda saber como utilizá-lo, se não tiver a atitude de fazê-lo?
Fazendo uma analogia entre a fala daquele professor e o conceito de competência apresentado, o melhor profissional no mercado é aquele que aprende coisas novas constantemente, que consegue entender a aplicabilidade do que aprendeu e, principalmente, que coloca esse aprendizado em prática, sempre com a intenção de trazer mudanças, inovações e melhorias sobre sua forma de atuação, bem como crescimento para a organização.
A fala do professor faz ainda mais sentido quando pensamos nas Soft Skills ou competências comportamentais, uma vez que, na maioria das vezes, para ser o melhor da faculdade basta manter seus esforços à obtenção de saberes teóricos (Conhecimento) e, no máximo, em desenvolver a prática desses saberes (Habilidades), mas, o que vai definir o melhor no mercado de trabalho são, sem dúvida nenhuma, as ações e comportamentos (Atitudes) do indivíduo porque, atitudes são comportamentos, comportamentos são escolhas e escolhas são decisões que cabem a cada um de nós.
E o que estamos fazendo hoje para nos destacarmos em nossas áreas de atuação?
Diante de tudo que discutimos, deixo aqui uma provocação com a intenção de levá-lo à reflexão: com todas as experiências que tivemos até então, por conta da pandemia causada pelo novo coronavírus, quanto você, enquanto profissional em sua área de atuação, precisou se adaptar rapidamente e/ou buscar novos meios, novas ferramentas e novas formas de realização do seu trabalho? E o que você ainda pode e deverá fazer para a manutenção do negócio e, porque não, trazer crescimento para a sua organização, mesmo diante de tantos questionamentos e incertezas que a atual situação tem proporcionado?
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