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Quarentena, solidariedade e empatia

Ao passar do tempo, a pandemia do novo coronavírus cresce em uma velocidade exponencial, o que faz com os dados sobre assunto sejam diferentes a cada dia. O momento nos faz entender o significado de solidariedade, que envolve tanto eu, que escrevo esta matéria, quanto você – que junto comigo – também tenta fazer a sua parte nesta quarenta. O ato, além de ser responsável, é capaz de traduzir a empatia que temos pelo próximo, em que proteger ao outro também se torna nossa responsabilidade.

Mas porque ter empatia neste momento em que tudo parece incerto? Segundo o diretor da Câmara de Desenvolvimento Institucional (CDI) do Conselho Federal de Administração (CFA), Diego da Costa, “você precisa entender que faz parte de uma sociedade e que não consegue fazer nada sozinho. Empatia é, basicamente, ficar na posição do outro e, se possível, entender o que o ele sente e pensa”, disse.

O que concorda a psicóloga, Aline Guarienti, ao ressaltar sobre “o trabalho essencial da saúde que faz com que os profissionais permaneçam trabalhando na linha de frente e abrindo mão da quarentena para cuidar de outras pessoas, precisando até mesmo limitar ou evitar o convívio com seus familiares por cuidado”.

“Você se comove e é possível ter dois tipos de emoções: dó, que é simpatia, ou de se colocar no lugar desses profissionais da saúde. Ou seja, enxergar o panorama a partir do olhar deles e ser sensível ao ponto de compreender emoções e sentimentos de outras pessoas. A empatia nesse contexto de coronavírus, é um interesse genuíno e ativo que faz toda a diferença”, completou.

Só por hoje

O receio não é apenas do contágio do vírus, outro fator é a saúde mental. A ocasião, por si só, desperta angústia e ansiedade, e potencializa outras preocupações. Entre tantos questionamentos, um parece ter a resposta certa: é possível atravessar essa pandemia de uma forma positiva?

“O certo é tentar entender o momento que estamos vivendo e que as dificuldades passam. Cabe a nós gastar a energia apenas com aquilo que podemos controlar e, acima de tudo, extrair cada parte positiva desta situação. Eu tenho, para mim, que esse momento é muito importante para repensarmos muitas coisas: a nossa relação com o planeta, com os nossos relacionamentos, com o peso das nossas atitudes e, especialmente, no que tange a coletividade”, afirma Aline Guarienti.

Ainda, segundo a psicóloga, “nosso corpo não gosta de mudanças bruscas, ele gosta de saber onde está pisando, por isso categoriza tudo e cria padrões. Se você está se sentindo paralisado, está tudo bem, você só está sendo humano. Esse é momento de silenciar o barulho do dia a dia, sair do piloto automático, fazer o que não dá pra deixar de fazer, criar uma rotina que realmente funcione para você e aprender algo novo com isso”, completou.

O ano de 2020 chegou com muitas incertezas, mas o que nos aproxima é saber que estamos no mesmo barco. Mais do que nunca, precisamos lembrar que quarenta é solidariedade e empatia, e que proteger o outro também é a nossa responsabilidade.

“Eu espero que tudo passe rápido, só que juntos podemos mudar esta realidade. Como? Mudando nossos hábitos, agindo com vontade de vencer, com assertividade. Leia bons livros, assista bons vídeos, entre em contato com pessoas positivas, cuide das crianças e dos idosos, cuide da sua mente e fale para você mesmo: amanhã será melhor do que hoje”, concluiu o diretor da CDI.

Por Paulo Melo

Assessor de Comunicação do CFA