Autor: ADM. Miguel Santos – Administrador de Empresas com MBA em Gestão de Negócios e Marketing, CEO da NewWord Soluções em TI, Consultor nas áreas de Gestão, Marketing Digital, Comunicação e Tecnologia da Informação. Delegado Adjunto da Seccional do CRA-PR na cidade de Campo Largo.
No prólogo desse artigo cito o guru da Administração moderna Peter F. Drucker: “Bons gestores mantêm seu foco nas oportunidades, e não nos problemas. Obviamente, é necessário solucionar os problemas, eles não devem ser “varridos para debaixo do tapete”. (DRUCKER, 2016, p9). A pandemia do coronavírus apresenta para nós gestores um grande leque de problemas empresariais e, por conseguinte, uma gigantesca oportunidade de resolvê-los.
Segundo orientações da OMS (Organização Mundial da Saúde) o isolamento social tem se mostrado a arma mais efetiva para o controle da contaminação do COVID-19, o que estimulou muitas empresas adotar a modalidade de tele trabalho ou fazendo o uso do estrangeirismo chamamos de home office para suas equipes. É fato, que diversas empresas já estavam adotando o home office, só que de forma bastante limitada e muitas vezes com uso de modelos pouco eficientes, porém, com o cenário da pandemia cada vez mais se prolongando em nosso país, pois já se vão cinco meses desde o aparecimento oficial do coronavírus em nossas terras (março de 2020). O que observamos é a “profissionalização” do modelo e a utilização de plataformas digitais para continuarem ativas no mercado atendendo seus clientes na venda de serviços e produtos como também seus fornecedores.
Muitos gestores foram pegos de surpresa em relação ao momento “Covidiano” que estamos passando e principalmente os que fazem parte das MPES (Micro e Pequenas Empresas), visto que, ainda estão navegando na onda da transformação digital que o mercado exige.
E, de repente precisam conjugar os verbos reinventar, redesenhar e se preparar para o que chamamos do “novo-normal” e na busca por novas formas de se relacionar com o mercado, e pela sobrevivência de suas empresas buscam através das plataformas digitais estabelecer uma conexão com seus consumidores.
Conceitualmente as plataformas digitais são modelos de negócios que funcionam por meio de tecnologias. Permite a conexão entre produtores e consumidores, para que eles se conectem a esse ambiente e interajam entre si, buscando criar algum valor de troca. Atualmente, podemos fazer muitas coisas utilizando dispositivos conectados à internet. É através das plataformas digitais que é possível realizar tarefas do dia a dia, como pagar contas e comprar produtos.
Nesse momento de pandemia do coronavírus as plataformas digitais funcionam como facilitadores de relacionamento, aproximando clientes e empresas. Para isso, elas precisam gerar confiança com termos e condições claras em relação à propriedade intelectual e a coleta de dados atendendo a futura legislação de proteção de dados (LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais).
Diante do cenário econômico atual temos que buscar minimizar os custos e maximizar os resultados e como propor para os gestores das MPE’s que é o momento de investir em soluções tecnológicas? Em resposta a essa indagação observamos que existem no mercado uma infinidade de ferramentas que os gestores podem utilizar de forma gratuita (Free) as versões básicas e estruturar uma plataforma digital para gerenciar tarefas, criação de sites, produzir peças publicitárias, armazenar dados, fazer lives, videoconferências e até acompanhar o trabalho da equipe em suas empresas, conforme demonstrado no quadro abaixo:
Ferramenta | Descrição / Escopo | URL |
Wix | Criador de Site, e-commerce | |
WordPress | Criador de Site, e-commerce | |
Google Drive | Armazenamento, compartilhamento de arquivos. | |
Skype | Videoconferência | |
Google Meet | Videoconferência | |
Trello | Gerenciamento de Projetos | |
Canva | Plataforma de Design Gráfico | |
CamScanner | Permite que dispositivos iOS e Android sejam usados como scanners de imagem. | |
Slack | Plataforma de comunicação comercial. Mensagens baseada em canais. | |
Pomodoro Tracker | Plataforma para gerenciamento do tempo. | https://pomodoro-tracker.com/ |
HootSuit | Gestão e monitoramento de marcas nas redes sociais. | |
OBS Studio | Plataforma de streaming e gravação para transmissão de LIVE’s |
O Gestor deve considerar também o uso das redes sociais, canais esses indispensáveis na composição da plataforma digital da sua empresa, e na formulação da estratégia de comunicação em tempos de pandemia. No mundo virtual, esses canais são sites e aplicativos que operam em níveis diversos — como profissional, de relacionamento, dentre outros — mas sempre permitindo o compartilhamento de informações entre pessoas e/ou empresas. Abaixo destaco o ranking das 10 principais redes sociais atualmente.
Rede social | Usuários ativos *em milhões |
1. Facebook | 2,271 |
2. YouTube | 1,900 |
3. WhatsApp | 1,500 |
4. Facebook Messenger | 1,300 |
5. WBXIN/WeChat | 1,083 |
6. Instagram | 1,000 |
7. QQ | 803 |
8. QZone | 531 |
9. DOUYIN/TikTok | 500 |
10. Sina Weibo | 446 |
(Fonte: https://resultadosdigitais.com.br/especiais/tudo-sobre-redes-sociais/#facebook)
Segundo o SEBRAE no Brasil existem 6,4 milhões de estabelecimentos. Desse total, 99% são micro e pequenas empresas (MPE). As MPE’s respondem por 52% dos empregos com carteira assinada no setor privado (16,1 milhões). Diante desses números e o cenário econômico que a pandemia nos apresenta é de suma importância que as MPE’s se adaptem a essa nova realidade e busquem através do uso da tecnologia a sobrevivência de seus negócios.
Podemos considerar que atualmente as soluções de plataformas digitais estão mais acessíveis as MPE’s do que alguns anos atrás onde somente as grandes empresas tinham acesso.
Em tempos de COVID-19 o uso das plataformas digitais se faz tão indispensável assim como as medidas de segurança, combate e prevenção ao novo coronavírus. Pois a tecnologia também ajuda a salvar vidas e, por conseguinte as nossas empresas!
“O CRA-PR não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do(a) autor(a)”