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O futuro do ensino da Administração em debate

No último dia da Jornada, o público conheceu as  novas DCNs do curso de bacharelado em Administração. Em três dias, o evento on-line alcançou mais de 3.200 visualizações

Chegou a fim, na tarde desta quinta-feira, 27, a primeira Jornada Acadêmica de Administração. O evento, promovido pelo Conselho Federal de Administração (CFA) por meio da Câmara de Comunicação e Marketing (CNM), foi totalmente on-line e, em três dias, alcançou a participação, ao vivo, de mais de 300 estudantes de administração e mais de 3,2 mil visualizações . O tema de encerramento foi “DCNs para um novo tempo”, palestra proferida pela diretora de Formação Profissional da autarquia, Cláudia Stadtlober.

As novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) do curso de bacharelado em Administração são as normas obrigatórias que têm como objetivo orientar o planejamento curricular dos cursos superiores. “Elas norteiam os cursos de Administração”, explicou Cláudia. Ela lembrou que foi diretora da Associação Nacional dos Cursos de Graduação em Administração (Angrad) por dez anos e, desde aquela época, havia uma inquietação para rever essas regras.

Entre os fatores que impulsionaram essa revisão das diretrizes foi a queda no número de matrículas e a baixa avaliação dos cursos de Administração. Para se ter ideia, dos 1796 cursos avaliados no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) de 2018, apenas 5% alcançaram conceito 5, que é a nota máxima.

A partir de uma ampla discussão, o Conselho Nacional de Educação do Ministério da Educação (CNE/MEC) decidiu rever e elaborar as novas diretrizes para o curso de Administração. Para ajudar o CNE nesse trabalho, o CFA instituiu Comissão Especial para Análise das Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Bacharelado em Administração. O grupo foi liderado por Cláudia Stadtlober.

“Foi preciso repensar novas diretrizes que melhorassem a qualidade do ensino superior em administração”, explicou a diretora do CFA. Entre as novidades das novas DCNs está a formação por competências. “O curso pode ser por disciplina, mas ele terá que conversar e ter conexão com o trabalho que irei desempenhar enquanto gestor ou gestora”, afirmou.

Nesse sentido, as DCNs definiram as seguintes competências: integrar conhecimentos fundamentais ao administrador, abordar problemas e oportunidades de forma sistêmica, analisar e resolver problemas, aplicar técnicas analíticas e quantitativas na análise de problemas e oportunidades, ter prontidão e pensamento computacional, gerenciar recursos e ter relacionamento interpessoal, comunicar de forma eficaz e aprender de forma autônoma.

“Bonito ver quando o aluno não se contenta apenas com o conteúdo que aprendeu na faculdade, mas sai querendo aprender cada vez mais”, comentou Cláudia. Em seguida, ela falou sobre outra novidade: a prática profissional obrigatória e supervisionada. “Pode ser atividades de extensão, estágios ou atividades similares, desde que articulem teoria e prática”, ressaltou.

Por fim, a administradora aconselhou os estudantes. “Quero chamar a atenção de vocês para se instigarem o tempo inteiro. O professor é apenas o articulador e vai incentivá-los nessa busca.Cabe a vocês irem atrás de algo mais”, sugeriu.

Para conferir a palestra do último dia da Jornada Acadêmica de Administração, clique aqui. e confira.

Ana Graciele Gonçalves

Assessoria de Comunicação CFA