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INVESTIMENTO PARA TODOS

Os grandes volumes de dinheiro movimentados na Bolsa de Valores podem chegar a assustar quem busca dar os primeiros passos no mundo dos investimentos. Notícias sobre aberturas de capital (IPO) que envolvem bilhões de reais e enormes lucros e prejuízos podem mascarar uma informação bastante interessante para quem busca uma forma de poupar: o mercado de ações pode ser uma ótima opção para pequenos investidores. Você já pensou nisso?

As opções mais tradicionais e conhecidas pela segurança, como a poupança, deixaram de ser um investimento atrativo pela baixa rentabilidade, que não vai muito além dos índices de inflação (podendo inclusive apresentar ganho real negativo, como nos últimos 12 meses) e é nesse cenário que a Bolsa de Valores se destaca, com sua possibilidade de retornos muito superiores. Com um valor próximo a R$ 100, já é possível adquirir as primeiras ações e começar a aventura pelo mercado financeiro, mas é preciso ter disciplina para obter os resultados esperados.

Para quem acredita não ter renda suficiente para investir, o conselho é criar uma planilha e anotar todos os gastos realizados. Você pode se surpreender com quanto desperdiça de dinheiro com coisas desnecessárias. Para isso, crie duas colunas, uma com seus ganhos e outra com suas despesas, como uma forma muito simplificada de um Balanço Patrimonial, e preste atenção nos supérfluos que puderem ser cortados. O objetivo nesse momento é evitar, de qualquer maneira, que você gaste mais do que ganha. Se você tiver dívidas, foque na quitação delas e não crie novas. Para isso, evitar compras por impulso é primordial.

Se, após o controle de gastos, ainda não sobrar mensalmente um valor a ser investido, não há outro caminho a não ser aumentar a renda. Busque qualificações, que podem ser gratuitas (por exemplo, os cursos da ACAdm, apresentados na página 3), e concentre-se em conseguir uma promoção no trabalho ou, se não for possível, uma atividade complementar ou um novo emprego, com melhor salário. Para os empreendedores, a revisão de processos e a redução de despesas fixas certamente vão ajudar. O importante é aumentar a renda sem aumentar as despesas, senão você nunca sairá desse ciclo e sempre vai trabalhar apenas para pagar contas.

Quais são as melhores opções de investimentos?

Não há uma resposta única para essa pergunta, pois há opções para todos os perfis de investidor, por exemplo títulos públicos, títulos de renda fixa (como CDBs, LCIs, LCAs), ações, fundos imobiliários, fundos de investimentos, fundos de previdência privada, entre outros. Para escolher qual deles mais se encaixa ao seu propósito, é importante definir se seu objetivo é de curto, médio ou longo prazo e se o seu perfil é conservador, moderado ou arrojado, lembrando que, em muitos casos, as opções de maiores riscos podem trazer maior rentabilidade.

A dica é que recursos para objetivos de curto prazo (até 2 anos) sejam investidos de forma mais conservadora; os de médio prazo (entre 2 a 5 anos), em opções moderadas; já os recursos para longo prazo (a partir de 5 anos) podem ser investidos de forma mais arrojada. Para qualquer horizonte, a sugestão é procurar uma corretora que ajude a decidir qual é o melhor conjunto de investimentos de forma diversificada e de acordo com o seu perfil e seus objetivos, pois essas empresas conseguem consolidar em uma só plataforma o acesso a todas essas modalidades de investimentos, de modo que o investidor tenha o melhor retorno para o seu capital, que pode ir muito além do que o oferecido pela poupança e, muitas vezes, com a mesma segurança que ela oferece.

-Por Adm. Regilaine Specia

Adm. Regilaine Specia de Arruda é agente de investimentos CVM, sócia da Sal Investimentos AAI, assessora de investimentos credenciada à XP, colunista da Rede AERP/PR – Coluna Saúde do Bolso, membro da Câmara da Mulher Administradora do CRA-PR.