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15 de novembro – Proclamação da República

Em 15 de novembro de 1889, o Exército e civis republicanos insatisfeitos com a monarquia constitucional parlamentarista se unem e derrubam o Império Brasileiro, na cidade do Rio de Janeiro, então capital, proclamando a República.

À frente da mobilização, o Marechal Deodoro da Fonseca, no Rio de Janeiro, então capital do país, destitui chefe de Estado, o imperador Dom Pedro II. E declara o Brasil como República. 

Após 48 horas, a família real parte do Brasil, em exílio, rumo a Portugal. 

Fonseca assume a Presidência como o primeiro chefe de Estado republicano, instituindo um governo provisório republicano. E tem como vice-presidente o também Marechal Floriano Peixoto. Mais tarde, este período passa a se conhecido como Primeira República Brasileira. E que, a partir desse momento, passava a ser presidido por líderes eleitos.

Versões

Uma linha de historiadores, que estuda a História do Brasil, considera como a Proclamação da República Brasileira como golpe de Estado político-militar,  resultado de um processo político que vinha da década de 1870. A monarquia estava enfraquecida devido à insatisfação dos fazendeiros e do Exército. Os primeiros, chamados de “republicanos de última hora”, romperam com o Império após a abolição da escravidão (13 de maio de 1888), pois não receberam nenhuma indenização pela perda dos escravizados. E, os militares, após a vitória da Guerra do Paraguai, se apresentavam como a única solução para a crise que o Brasil passava.

Outro fator que interferiu nesse processo foi a Igreja Católica. Com as normas do Vaticano para combater a Maçonaria, os bispos proibiram que maçons praticipassem de qualquer ordem religiosa. Ao mandar prender os bispos que estavam cumprindo as medidas à risca, Dom Pedro II se indispõe com o catolicismo e perde a Igreja como aliada.

Esta crise foi ainda mais agravada pelo estado de saúde de D. Pedro II, se tornou o estopim para que o Segundo Reinado enfraquecesse ainda mais e não tivesse um comando, uma liderança forte à frente do então governo. Sem um filho homem para assumir o comando do Reinado, a Coroa fica à mercê dos republicanos federalistas.

O fim da monarquia brasileira, trouxe importantes consequência para o país, dentre elas, as principais são:

  1. Estabelecimento do Governo Republicano;
  2. Implantação do Federalismo (sistema de governo federativo, em que vários estados se reúnem para formar uma nação, cada um conservando sua autonomia);
  3. Instauração do sufrágio universal masculino e fim do voto censitário (apenas alguns grupos tinham o direito ao voto, de acordo com sua classe econômica);
  4. Instituição do Estado Laico (aquele que não se manifesta em assuntos religiosos, não permite interferência de grupos religiosos, garante a liberdade religiosa e não adota religião oficial).